A economia chinesa foi a primeira afetada durante a pandemia do Coronavírus, ainda em 2019.
Porém, enquanto outros países ainda lutam para se recuperar, a economia chinesa dá sinais importantes de recuperação.
As transformações que nascem das crises
O planeta Terra já viveu momentos de tensão como o que estamos experimentando em 2020 e 2021.
Diferentes gerações também já precisaram enfrentar grandes dificuldades para não serem exterminadas.
A luta sempre foi necessária para garantir a sobrevivência dos negócios, da economia e dos empregos.
São essas as frentes que contribuem na geração de renda a milhões de famílias espalhadas por todo o mundo.
Por conta dessas adversidades, a cada período indeterminado de tempo a humanidade e a sociedade precisam se adaptar.
Criar soluções disruptivas para enfrentar crises e desafios é a palavra de ordem, e com a pandemia de Coronavírus isso não foi diferente.
Para enfrentar a crise atual, muitos mercados foram obrigados a se adaptar praticamente da noite para o dia.
Transformações significativas ocorreram em todas as áreas das empresas, como:
- O setor de distribuição, que precisou agilizar os serviços de entrega e delivery aos clientes;
- A área financeira, que foi obrigada a rever contratos e criar alternativas para que clientes não abandonassem os serviços;
- A área de inovação, que criou mecanismos para reter clientes e atrair novos consumidores.
Essas e outras áreas foram profundamente afetadas, e precisaram criar soluções quase que instantaneamente.
As 05 tendências da economia chinesa
Cada região do mundo encontra-se num estágio diferente no enfrentamento ao Coronavírus.
A China, o primeiro epicentro do surto do novo vírus no planeta, já está em franca retomada das atividades e recuperação da economia.
A forma como os chineses escolheram para realizar essas tarefas talvez não seja a apropriada para todas as nações do mundo.
Entretanto, é interessante observarmos algumas tendências que podem ser globais ou, de alguma forma, afetar empresas e o comércio brasileiro também.
A McKinsey elaborou um relatório que aponta quais as cinco tendências que já são observadas na economia chinesa no pós-pandemia.
São elas:
- Digitalização
- Declínio da Exposição Global
- Crescimento da Intensidade Competitiva
- Nova Geração de Consumidores
- Crescimento de Setores Privados e Sociais
Essas são tendências que podem ser observadas em outros locais e outras economias, inclusive no Brasil.
A digitalização foi uma das tendências mais vistas por aqui, e os números já mostram o crescimento do e-commerce no país.
A disputa que produtos chineses enfrentam no mercado é cada vez mais acirrada.
Muitas empresas já pensam em trazer suas operações de volta ao país de origem, ou realocar em outras regiões do planeta.
O apelo por comprar de pequenos comércios e lojas, padarias e mercados de bairro é outra forte tendência.
Essa, surgida logo no início da pandemia entre os brasileiros, tinha a intenção de fortalecer o micro e pequeno empresários.
Essa postura diminui a exposição global dos grandes varejistas, colocando o pequeno comerciante como concorrente.
As grandes marcas muitas vezes possuem melhores preços, condições de pagamento, e recursos para fidelização da clientela.
Porém, a tendência mostra que muitas pessoas passaram a valorizar o pequeno produtor ou vendedor em meio à crise.
Isso, porém, não torna a globalização um processo econômico obsoleto ou ultrapassado.
Ao contrário, fortalece a competição, como vemos na terceira tendência, que é a intensidade competitiva.
As principais empresas da China lideram com folga os lucros, porém é cada vez mais comum ver pequenos comércios ameaçando abalar as estruturas financeiras.
No Brasil, por exemplo, a intenção de comprar do pequeno comerciante concentra-se na satisfação das necessidades mais urgentes.
Isso obriga os grandes players a inovarem em seus métodos e produtos, o que gera um crescimento na competição.
Como dissemos, coloca os micros e pequenos em plena concorrência com as grandes marcas.
A nova geração de consumidores chineses, nascida da pandemia, percebeu que itens não essenciais podem esperar alguns meses para serem adquiridos.
Uma pesquisa mostrou que 42% dos jovens pretendem economizar mais como resultado da crise do Coronavírus.
Entre os consumidores brasileiros, artigos considerados não essenciais tiveram forte queda nas vendas.
O medo de perder o emprego ou de ter a renda diminuída são alguns fatores que levam o consumidor a agir de forma mais equilibrada.
A busca pela sustentabilidade de suas finanças pessoais está entre os principais fatores para esse novo modo de pensar.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o mercado da moda sofreu forte impacto negativo.
Durante o surto de SARS em 2003, as empresas estatais representavam a maior parte do crescimento econômico do país asiático.
A atualidade aponta outro cenário, em que empresas privadas são a principal força da economia da China, retendo cerca de 90% dos novos empregos de todo o país.
Essas empresas são ainda responsáveis por colaborar com o desenvolvimento de projetos sociais.
Esses projetos são voltados especialmente a:
- Atender a população mais afetada pela crise;
- Participar a sociedade de atividades de importância nacional;
- Unir esforços em realizações em parcerias com o setor público.
E não é só na China que podemos observar essas ações.
No Brasil e em outros países também ocorrem parcerias semelhantes, que ajudam milhares de pessoas.
São cidadãos que encontram-se em situação de vulnerabilidade social, e tiveram enormes perdas por causa da pandemia.
O relatório da Mckinsey constatou que essas são cinco tendências na franca recuperação da economia chinesa.
Mas essas tendências não influenciam apenas a economia chinesa, bem como diversas outras do mundo, inclusive no Brasil.
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